Nó sábado do dia 11 de Junho, aconteceu o encontro inicial dos projetos selecionados pelo VAI neste ano. Com representantes de cerca de 90 projetos, que estiveram juntas das 9 até às 17, com um café da manhã, onde os grupos já puderam começar se conhecer, e trocar idéias. As 10 manhã, houve uma fala inicial da coordenação do programa sobre o que é o VAI, e qual o papel que ele cumpre. Também houve reflexões sobre o VAI ser um programa que contribui com a organização dos jovens a partir do apoio às formas de expressão da cultura existentes hoje na cidade. Também foi lembrado sobre a importância dos grupos se organizarem de uma forma que tomem suas decisões coletivamente, e tenham um funcionamento horizontal.
Foram, então, iniciados os primeiros grupos de discussão do dia. Os coletivos foram divididos pela linguagem que cada um irá utilizar em seu projeto, e se reuniram para apresentarem seus trabalho,s conhecerem as outras iniciativas, e debaterem questões em comum, como as possíveis articulações que poderiam ser feitas. Apos a discussão, houve uma pausa para um lanche, onde os grupos puderam continuar as conversas informais que foram iniciadas nos grupos de discussão.
Após o intervalo, os coletivos novamente se reuniram em grupos de discussão, mas desta vez a divisão foi feita por região. A intenção nesta parte era que os coletivos conhecessem os trabalhos que são realizados em regiões próximas a eles, e que assim, pudessem se articular e trabalhar juntos. Então, o foco era uma rodada de apresentação, troca de experiências sobre o contexto destas regiões e possíveis articulações. Após a discussão, foi realizada uma plenária final com todos os coletivos, onde iriam ser colocados todos os pontos que foram discutidos durante todo o dia. Os grupos, quando separados por linguagem, repararam muito nas similaridades e diferenças que há entre os coletivos, suas diferentes formas de atuar dentro de suas comunidades, suas dificuldades, suas estratégias.
Na parte das regiões, o que foi mais frisado é a importância dos grupos atuarem conjuntamente, criando, assim, uma grande rede de todos os coletivos, e que essa rede deve se estender para fora do VAI, e englobar grupos que fazem algum tipo de trabalho cultural, artístico e social na cidade, com a intenção de organizar uma agenda única, onde todos possam estar interados das movimentações que acontecem na cidade.
Foi um dia rico de debate, onde jovens ativistas culturais de São Paulo inteiro, da Zona Sul, da Leste, da Oeste, da Norte, e do Centro se reuniram, e debateram de forma propositiva questões da cidade, como os grupos de hip hop, que refletiram um pouco sobre a fragmentação que vêem na cena de hoje e da possibilidade em fazer uma assembléia, na qual que irão participar grupos e pessoas das quatros vertentes da cultura hip hop, e será debatido qual o papel do hip hop na atualidade. Ou os coletivos da Zona Norte, que demonstraram preocupação com a situação da Serra da Cantareira, e pensaram em fazer uma grande atividade que demonstre a importância que ela tem na cidade, e a importância de sua preservação. As discussões inicialmente tiveram como foco a articulação de projetos com apoio do VAI, mas em diversos momentos foram para além do programa, como por exemplo a necessidade de atuação coletiva dentro da cidade e como suas atuações podem contribuir para a sua transformação.