03 julho, 2008

III Panorama do Cinema Brasileiro 2008


IIIº PANORAMA DO CINEMA BRASILEIRO 2008

03 À 27 de Julho
no Sacolão das Artes do Pq. Sto. Antônio

Quinta-feira 03 de julho às 19h00 – Abertura

O homem que virou suco, de João Batista de Andrade
São Paulo, 1979, ficção, pb, 95’ - 16 anos
A história segue Deraldo, um poeta popular nordestino recém chegado a São Paulo, onde tenta sobreviver de sua poesia e folhetos. Confundido com o operário de uma multinacional que mata o patrão, é perseguido pela polícia e perde sua identidade e condição de cidadão. Através de Deraldo, o filme acompanha o caminho do trabalhador migrante numa sociedade grande: a construção civil, os serviços domésticos e subempregos sujeitos à violência e à humilhação. E segue a luta de Deraldo para reconquistar sua liberdade e preservar sua identidade.

Sexta-feira 04 de julho às 20h00

Cão sem dono, de Beto Brant
São Paulo, 2007, ficção, cor, 87’ - 18 anos
Cão sem dono é uma observação de um relacionamento amoroso, escrita com as cores íntimas de um retrato de geração. Narra o encontro entre Ciro, recém-formado em Literatura, que passa por uma crise existencial marcada pelo ceticismo e pela falta de planos, e Marcela, uma ambiciosa modelo em início de carreira, que se entrega de forma obsessiva ao seu trabalho e, com isso, adia para mais tarde a realização de qualquer sonho.


Sábado 05 de julho às 20h00

O céu de Suely, de Karim Aïnouz
Ceará, 2006, Ficção, cor, 88’ - 16 anos
Dois anos atrás, Hermila partiu. A experiência em São Paulo foi boa, mas a cidade era cara demais. Agora ela está de volta a Iguatu, no sertão cearense. A casa da avó Zezita, e da tia Maria, é acolhedora e confortável. Mas não demora muito e Hermila se dá conta de que precisa ir embora dali outra vez. Inspirada nas conversas com a amiga Georgina, ela adota o nome de Suely e inventa um plano audacioso para levantar dinheiro e conseguir viajar.


Domingo 06 de julho às 19h00 – Sessão ao Ar Livre

Zumbi somos nós, Frente 3 de fevereiro
São Paulo, 2007, documentário, cor, 52’ - Livre
Manifesto sonoro e visual que traz as novas sonoridades e imagens urbanas, e seu elo indivisível com o legado afro-brasileiro. Espécie de bricolagem que une os tambores ancestrais, os ritmos contemporâneos e as novas simbologias visuais. Zumbi Somos Nós propõe uma reflexão sobre questões raciais na sociedade brasileira contemporânea e a criação de estratégias artísticas para responder a estas questões, inscrevendo na vida cotidiana, novas formas de olhar, pensar e agir.


Quinta-feira, 10 de julho às 19h00 I Sessão Cine-escola I

O ano em que meus pais saíram de férias, de Cao Hamburguer
São Paulo, 2006, ficção,cor,106’ - 10 anos
Em 1970, o Brasil e o mundo parecem estar de cabeça para baixo, enfrentando inúmeras crises políticas. Mas a maior preocupação na vida de Mauro, um garoto mineiro de classe média, de 12 anos e apaixonado por futebol e por jogo de botão, tem pouco a ver com a ditadura militar que domina o país. Seu maior desejo é ver o Brasil tricampeão mundial de futebol. Subitamente, ele se vê separado dos pais, que “saem de férias”. Mauro vai morar na casa do avô que pouco conhece, e é obrigado a se adaptar a uma estranha e divertida comunidade.


Sexta-feira, 11 de julho às 20h00

Proibido proibir, de Jorge Durán
Rio de Janeiro, 2007, ficção, cor, 100’ - 16 anos
Paulo está matriculado na faculdade de Medicina e faz residência num hospital público. Ele mora com Leon, estudante de Ciências Sociais, que, por sua vez, namora a futura arquiteta Letícia. Este é o triângulo principal do filme e, pelas ruas da zona norte carioca, tomam contato com a pobreza e a crueldade da vida real e adulta.


Sábado, 12 de julho às 20h00

Fabricando Tom Zé, de Décio Mattos Jr.
São Paulo, 2006, documentário, cor, 88’ - 10 anos
Documentário que retrata a vida e obra de um dos mais controversos Tropicalistas. O fio condutor desta história é a turnê que ele fez na Europa em 2005. O filme mescla diferentes formatos de vídeo, película e animação para formar uma detalhada visão do universo musical de Tom Zé, para o qual um baixo e um esmeril têm a mesma importância melódica. Em entrevistas intimistas, o músico fala de diversas fases de sua vida. Sem censura e de forma muito espontânea, ele conta como começou sua carreira na década de 60, fala abertamente do ostracismo nos anos 70 e de seu ressurgimento no início dos anos 90.


Domingo, 13 de julho às 19h00 - Sessão ao ar livre

Preto contra branco, de Wagner Morales
São Paulo, 2004, documentário, cor, 55’ - Livre
Uma tradição de três décadas é o ponto de partida do documentário. O filme discute o preconceito racial no Brasil usando como referência um "clássico" do futebol de várzea entre moradores de dois bairros periféricos de São Paulo. Desde 1972, um grupo de moradores do bairro de São João Clímaco e da favela de Heliópolis, maior favela da América Latina, organiza um jogo de futebol de brancos contra pretos, no final de semana que antecede o Natal.


Sexta-feira, 18 de julho às 20h00

Madame Satã, de Karim Aïnouz
Rio de Janeiro, 2001, ficção, cor, 105’ - 14 anos
Madame Satã é inspirado na vida da figura mitológica criada por João Francisco dos Santos, personagem da Lapa carioca dos anos 30, conhecido por sua valentia e malandragem. O filme revela seu cotidiano e extraordinário círculo de amigos ao seu redor, habitantes da “República da Lapa”. Personagens que viveram em mundo às margens do Brasil oficial, em um cotidiano a parte – com suas próprias leis, códigos e rituais – um universo do qual Satã foi rei e rainha, satãno (a) e satanás.


Sábado, 19 de julho às 20h00

Batismo de sangue, de Helvécio Ratton
Brasil/França, 2006, ficção, cor, 110’ - 16 anos
Baseado em fatos reais, o filme conta a participação de frades dominicanos na luta clandestina contra a ditadura militar, no final dos anos 60. Movidos por ideais cristãos, eles decidem apoiar a luta armada e são presos e torturados. Um deles, Frei Tito, é mandado para o exílio na França, onde atormentado pelas imagens de seus carrascos, comete suicídio.


Domingo, 20 de julho às 19h00 - Sessão ao ar livre

Saneamento básico - o filme, de Jorge Furtado
Porto Alegre, 2007, ficção, cor, 112’ - 16 anos
Os moradores de uma pequena vila planejam a realização de um vídeo, apenas para pegar a quantia oferecida pelo governo federal e usá-la na realização de uma obra.


Sexta-feira, 25 de julho às 20h00

Árido Movie, de Lírio Ferreira
Pernambuco, 2006, ficção, cor,115’ - 16 anos
Um conhecido repórter do tempo retorna à sua cidade-natal, devido ao enterro de seu pai. Lá ele encontra uma parte da família a qual não conhecia, que lhe cobra que se vingue da morte.


Sábado, 26 de julho às 20h00

Harmada, de Maurice Capovilla
Rio de Janeiro, 2005, Ficção, cor, 103’ - 12 anos
Harmada aborda um tema universal: a luta de um homem que busca sobreviver e superar-se através da arte de representar e contar histórias. Baseado na obra de João Gilberto Noll, um dos mais consagrados escritores brasileiros, segue a trajetória, lúcida e alucinada de um artista, um cidadão sem nome, que se apresenta como Ator, flagrado num determinado instante da sua vida completamente derrotado, mas que encontra forças para se reconstruir e através de uma jovem, que pode ser a sua filha, formular um projeto que vai mudar o seu destino.

Domingo 27 de julho às 19h00 - Sessão especial de Encerramento

Terra em transe, de Glauber Rocha
Rio de Janeiro, 1967, ficção, pb, 105’ - 14 anosNo país imaginário de Eldorado, em meio a uma disputa pelo poder, um poeta à beira da morte rememora sua participação em lutas políticas. Obra-prima de Glauber Rocha, o filme inaugurou um debate sobre o populismo no Brasil e foi o ponto de partida para o Tropicalismo.